Orgânico e caro

             

A alimentação humana está contaminada por agrotóxicos e pesticidas. Os especialistas acusam a engenharia alimentar de transformar a comida moderna em uma máquina de fabricar doentes e gerar verdadeiras epidemias contemporâneas, como cânceres e diabetes. Mas o problema não pára por aí. Para produzir comida, a economia mundial exige que a agricultura dispute as terras disponíveis com os biocombustíveis. Eles são usados para mover outra praga global: a frota explosiva de automóveis. Os transgênicos surgiram para revolucionar o mundo dos alimentos. Mas seus riscos são omitidos. Por isso, a qualidade final fica em dúvida, os efeitos sobre a saúde causam preocupações e a dependência tecnológica se torna real. Muitas pessoas tentam aliviar o peso desses problemas comprando alimentos orgânicos. Acredita-se que o produto natural é seja mais saudável do que o alimento convencional e possa evitar a degradação do meio ambiente. Mas será que é possível sonhar com uma agricultura orgânica que gere mais saúde que doenças? Ou melhor, dá para acreditar num sistema econômico que produza comida natural de boa qualidade, verduras e legumes sem agrotóxicos e não envenena terras cultiváveis e rios? Ou as pessoas que quiserem ser saudáveis estão condenadas a procurar produtos orgânicos por mais que o dobro do preço?

 

 

De que adianta os brasileiros terem consciência sobre os benefícios do alimentos orgânicos senão tem dinheiro para consumi-los?