Tempo certo Março 26, 2009
Posted by 50minutos in Em debate.trackback
As pessoas vivem com a agenda lotada. Reunião pela manhã, almoço de negócios, leitura de jornais, passeio com os filhos, cartas para um parente distante, namoro no fim do dia, corte o cabelo, limpeza da casa, enfim, muitos compromisso quase nenhum espaço na agenda. O tempo não pára e também não volta. O que pode parecer óbvio, é, na verdade, uma das mais fascinantes curiosidades da natureza: a irreversibilidade dos fatos. Mas será que as pessoas sempre vão estar presas a essa assimetria entre o passado e o futuro? Sem dúvida, as pessoas são aquilo que são por causa da memória. Sem ela não seriam nada: não se lembrariam das ligações afetivas, da história, dos costumes e da língua. A comunicação com os outros não seria possível se não existisse o registro no cérebro não apenas do idioma como de uma série de condutas éticas de convívio em sociedade. Mas a memória só trabalha em uma direção: a do passado. O passado não volta, mesmo que as pessoas queiram ou não. Os relógios trabalham para definir esse movimento repetido da vida. Primeiro, os seres humanos utilizaram o movimento dos astros. Depois, para tempos mais curtos, vieram as ampulhetas até que chegaram ao movimento de um pêndulo. Hoje, a maioria dos relógios usados no dia-a-dia utiliza as vibrações muito precisas de um quartzo. Mas a ciência da memória e da consciência ainda está dando os primeiros passos para entender esse que talvez seja o maior desafio científico que já se teve: a mente humana e o tempo. Afinal enteder o tempo e saber controlá-lo não é apenas um desejo, mas um desafio diário para os seres humanos.
Como administrar o tempo?
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