Páginas infantis Abril 2, 2009

A infância é o melhor momento para a pessoa começar a ler. É entre os oito e treze anos de idade que as crianças revelam maior interesse pelos livros. Mas as publicações infantis de hoje estão cheias de apelos sexuais, místicos e violentos. Aí surge a dúvida entre os pais, professores e crianças: o que ler? Há anos, os pesquisadores vêm mostrando a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens bem melhores. A leitura pode ser feita onde e quando se querer, no ritmo que mais agrada, pode ser interrompida, reler ou parar para refletir. Tudo ao bel-prazer. Essa flexibilidade garante o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento. Mas a leitura da criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter. Características fácies de encontrar num gibi, revista de fofocas ou livros mitológicos. Se não fosse o desafio do conteúdo, a maioria das crianças brasileiras têm dificuldades em ter acesso aos livros por causa dos fatores sociais, econômicos e políticos. São raras as bibliotecas escolares e quando existem não possuem um acervo adequado ou não têm profissionais capacitados para orientar o público infantil. Mais raras ainda são as bibliotecas domésticas. Os pais, quando se interessam em comprar livros, muitas vezes escolhem pela capa ou porque a própria criança gostou. Um bom livro pode ser o melhor presente que um pai pode oferecer e a maior lição que um professor pode dar. Quem sabe não são os livros infantis que vão transformar o Brasil num país de leitores.

O que é uma bom livro infantil?