E a segurança? Precisa falar? Abril 24, 2009
Posted by 50minutos in Em debate.trackback
Quem sai de casa numa metrópole brasileira convive com a possibilidade concreta de ser alvo de um ataque físico. Assaltos no semáforo e seqüestros relâmpagos tornaram-se ocorrências comuns. Entre os habitantes das grandes cidades, todos sem exceção têm algum parente ou amigo ou colega de trabalho que já esteve sob a ameaça de um revólver na cabeça. Pela repetição, os casos de assalto a mão armada só chamam a atenção da opinião pública quando o assaltante mata a vítima. Os estudiosos dizem que, num cenário de banditismo como o que se vive no Brasil, as pessoas desenvolvem uma carapaça que as faz parecer menos sensíveis. Essa carapaça é chamada de sistema de proteção. Quando se dá um assassinato numa cidade do interior, o acontecimento traumatiza a sociedade local. Em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Vitória ou no Recife, o crime de morte tornou-se ocorrência banal porque acontece às dúzias a cada semana. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte para nove em cada dez brasileiros, a violência aumentou no Brasil nos últimos anos. Outra pesquisa, realizada pelo instituto Vox Populi em cinqüenta cidades brasileiras, mostra que a criminalidade é citada em quarenta municípios como um dos três problemas que mais preocupam a população. Os números não mentem. O brasileiro está desprotegido. No entanto, a segurança é um direito da sociedade. É dever dos representantes do povo arrumar soluções para este problema. Enquanto isso, os brasileiros fazem o que podem para se proteger.
É possível construir uma segurança pública sem violência?
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