Vícios em jogos Setembro 23, 2009
Posted by 50minutos in Em debate.trackback
O jogo existe desde a Antiguidade, mas seu casamento com tecnologia e turismo é um fenômeno do capitalismo do último século. Ele é um mecanismo de concentração de renda que causa dependência nas pessoas vulneráveis, que sofrem, contraem dívidas, perdem empregos, desamparam famílias. A evolução do jogador social para o compulsivo pode variar de seis meses a 20 anos. A forma habitual é a familiaridade com o jogo, quando há prática no contexto familiar. Depois ele chega nos jogos mais estruturados e de exploração comercial, como o jogo do bicho, bingo e loteria. Assim como todos os jogadores, eles perdem e ganham de vez em quando, mas a conjunção de problemas pessoais pelos quais a pessoa esteja passando naquele momento faz com que sua memória apenas registre os altos valores ganhos. Mas o que começa com uma brincadeira, pode tornar-se uma doença. Antigamente, a dependência do jogo era predominantemente masculina. As mulheres não apresentavam o problema, pois não freqüentavam os ambientes próprios de jogos de apostas. Devido ao aumento do número de casas de bingo nas cidades, as mulheres se aproximaram do jogo e passaram a desenvolver a dependência. Há alguns anos, a relação de jogadores patológicos era de três homens para uma mulher; hoje, essa relação é de um para um em alguns países. Os dados a respeito do vício em jogos de azar não são precisos. Estima-se que no Brasil, entre 1% e 3% da população sofra do problema. Isso é calculado com base em números de outros países, como EUA, Canadá, Austrália e países europeus.
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